segunda-feira, 16 de junho de 2014

Curiosidades: Abelhas Citadinas Usam Plástico Para Construir Ninhos

Duas espécies de abelhas que vivem nas cidades começaram a construir ninhos com resíduos de plástico. Segundo um estudo realizado por cientistas, o uso daquele material pode significar uma adaptação da espécie ao meio e pode até trazer vantagens.

O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de York, no Reino Unido, e Universidade de Guelph, no Canadá, e publicado no jornal da Ecological Society of America's. As duas espécies de abelhas analisadas não são sociais nem constroem colmeias. Vivem em pequenos ninhos em caules de plantas, buracos de árvores e postes.

De acordo com os cientistas, as abelhas estão a utilizar diferentes tipos de plástico que se assemelham a folhas ou resina, as matérias naturais normalmente utilizadas para a construção dos ninhos.

Este comportamento deverá ser o resultado da adaptação destes insetos ao ambiente citadino. De acordo com o estudo, a construção dos ninhos com plástico poderá revelar-se vantajosa uma vez que este material deve impedir fisicamente os parasitas de infetar o habitat das abelhas.

De forma a analisar detalhadamente a construção dos habitats destas espécies, J. Scott MacIvor, cientista envolvido no estudo, juntou cientistas de Toronto, Canadá, durante a primavera de 2012, para ajudar a colocar ninhos artificiais pela cidade.

No outono, quando foram verificados estes habitats, os cientistas descobriram que a abelha "Megachile" tinha incorporado pedaços de sacos de plástico nos seus ninhos, juntamente com as matérias naturais normalmente utilizadas, tais como folhas, lama, pequenos seixos e resina.

A publicação indica outros exemplos de animais que se adaptam a ambientes dominados pelo homem. Segundo MacIvor, "Haverá sempre aqueles que têm caraterísticas adaptativas e flexibilidade suficiente nos seus comportamentos para subsistir num ambiente perturbado".

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Curiosidades - Veneno de aranha pode salvar abelhas, diz estudo


O Veneno de uma das aranhas mais venenosas do mundo pode ajudar a salvar as abelhas melíferas (produtoras de mel) ao servir de base para um bio-pesticida capaz de eliminar pragas, mas poupar os insectos que são polinizadores poderosos, revelou um estudo.
As populações de abelhas, tanto selvagens quanto criadas em cativeiro, estão em declínio na Europa, nas Américas e na Ásia por razões que os cientistas lutam para entender, e os pesticidas industriais são considerados os principais responsáveis.
No ano passado, cientistas alertaram que certos pesticidas usados para proteger cultivos ou colmeias podem confundir os circuitos cerebrais das abelhas, afectando a sua memória e suas habilidades de navegação das quais dependem para encontrar comida, colocando colmeias inteiras em perigo.
Desde então, a União Europeia impôs uma proibição temporária a alguns destes produtos químicos.
Agora, uma equipa da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, descobriu que um bio-pesticida feito com uma toxina do veneno da aranha da família «Hexathelidae», natural da Austrália, e uma proteína da planta galanto, não prejudica as abelhas.
«Fornecer doses agudas e crónicas às abelhas, além dos níveis que experimentariam no campo, teve apenas um efeito suave na sobrevida das abelhas e nenhum efeito mensurável na sua aprendizagem e memória», informou a universidade em comunicado.
Nem as abelhas adultas, nem as lavras foram afectadas, reportou o estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
Anteriormente, o bio-pesticida não demonstrou ter efeitos nocivos aos humanos, apesar de ser altamente tóxica para uma série de pragas importantes.
As abelhas respondem por 80% da polinização de plantas feita por insectos. Sem elas, muitos cultivos deixariam de dar frutos ou precisariam de ser polinizados manualmente.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) informou que os polinizadores contribuem com pelo menos 70% dos grandes cultivos de alimentos humanos.
O valor económico dos serviços de polinização foi estimado em 208 mil milhões de dólares em 2005.
«Não haverá uma solução única», disse o co-autor do estudo, Angharad Gatehouse.
«O que precisamos é de uma estratégia de gestão integrada de pragas e pesticidas específicos e os insectos serão apenas uma parte disto», concluiu.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mel da Lousã: Da flor da urze até às nossas casas


Para quem não teve oportunidade de ver, eis uma boa reportagem sobre o magnífico Mel de Urze que se produz na Serra da Lousã, produzida pelo “Economia Verde” e que passou na Sic Noticias.

Mel da Lousã: da flor da urze até às nossas casas

A 700 metros de altitude, as caixas verdes passam despercebidas na paisagem já de si verdejante da serra da Lousã. É aqui, bem lá no alto, que a produção de mel tem algumas das condições mais favoráveis de todo o território português.
É aqui também que encontramos Domingos Alves, apicultor há mais de 30 anos, que explicou ao Economia Verde parte do seu trabalho diário e uma das grandes virtudes de um apicultor: esperar. “Temos milhares de seres, que trabalham todos para um objetivo e sem conflitos. Já reparou nisso?”, gracejou Domingos Alves.
O mel ficará pronto para ser extraído em meados do Verão. Até lá, as 100 mil abelhas que podem viver numa colmeia continuarão a usar apenas o néctar da flor da urze da Serra da Lousã. É também por este motivo que o mel é mais escuro e, acreditam estes apicultores, mais saboroso.
Domingos faz parte da cooperativa de Vila Nova de Ceira, que em 2013 produziu 20 toneladas de mel.“Fazemos toda a extração do mel”, explicou ao Economia Verde Helena Rodrigues, da cooperativa de Vila Nova de Ceira.
“Tudo o que os nossos parceiros produzem fica na nossa melaria, nós ficamos com mel caso eles não o queiram, e garantimos o escoamento. E todos os apicultores que queiram transformar o seu mel podem fazê-lo na nossa unidade de extração”, explicou a responsável.
No ano passado, 15 apicultores da região aderiram à iniciativa da cooperativa de Vila Nova de Ceira.  Das 20 toneladas produzidas pela melaria, a maior parte teve origem nos produtores locais.
“O nosso lucro é ajudar os apicultores, é essa a nossa vantagem. E qualquer apicultor que trabalhe connosco tem a sua marca e imagem. Isso já é uma mais-valia”, continuou Helena.

 
 
Publicado em 04 de Junho de 2014.
Foto:  BotheredByBees / Creative Commons

segunda-feira, 2 de junho de 2014

CRIAÇÃO DE RAINHAS (1ª Experiencia)


Este ano fiz a minha primeira experiencia na Criação de Rainhas. Esta nova experiencia não era propriamente por necessidade, pois não tenho quantidade de colmeias que permita grandes desdobramentos, mas sim pelo desafio que tal representava.
A taxa de sucesso não foi a melhor (cerca de 20%), mas para um iniciado nestas andanças, e para a primeira tentativa acho que até nem correu muito mal.



 
Nasceram quatro, que tiveram direito a vestimenta verde (apesar de este ano ser dos Vermelhos - grande SLB), cor definida para marcar Rainhas em 2014.



Veremos como vai correr a fecundação, pois o tempo não está a ajudar. Temperaturas a rondar os 17º e muita chuva, não são propriamente as condições mais indicadas para que fiquem umas Rainhas de boa qualidade.