O
estudo foi realizado por cientistas da Universidade de York, no Reino Unido, e
Universidade de Guelph, no Canadá, e publicado no jornal da Ecological Society
of America's. As duas espécies de abelhas analisadas não são sociais nem
constroem colmeias. Vivem em pequenos ninhos em caules de plantas, buracos de
árvores e postes.
De
acordo com os cientistas, as abelhas estão a utilizar diferentes tipos de
plástico que se assemelham a folhas ou resina, as matérias naturais normalmente
utilizadas para a construção dos ninhos.
Este
comportamento deverá ser o resultado da adaptação destes insetos ao ambiente
citadino. De acordo com o estudo, a construção dos ninhos com plástico poderá
revelar-se vantajosa uma vez que este material deve impedir fisicamente os parasitas
de infetar o habitat das abelhas.
De
forma a analisar detalhadamente a construção dos habitats destas espécies, J.
Scott MacIvor, cientista envolvido no estudo, juntou cientistas de Toronto,
Canadá, durante a primavera de 2012, para ajudar a colocar ninhos artificiais
pela cidade.
No
outono, quando foram verificados estes habitats, os cientistas descobriram que
a abelha "Megachile" tinha incorporado pedaços de sacos de plástico
nos seus ninhos, juntamente com as matérias naturais normalmente utilizadas,
tais como folhas, lama, pequenos seixos e resina.
A
publicação indica outros exemplos de animais que se adaptam a ambientes
dominados pelo homem. Segundo MacIvor, "Haverá sempre aqueles que têm
caraterísticas adaptativas e flexibilidade suficiente nos seus comportamentos
para subsistir num ambiente perturbado".
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